O antigo Clube de Leitura em Voz Alta deu lugar ao Coro de Leitura em Voz Alta. Tem normalmente um periodicidade quinzenal e acontece na Biblioteca de Alcochete.

Os objectivos continuam a ser os mesmos; promover o prazer da leitura partilhada; a forma passou a ser outra.

Escolhas



a Cristina foi de novo ao livro de Rodolfo Castro
"A intuição leitora, a intenção narrativa"


a Virgínia, a Ana e a Margarida leram excertos de
"As horas" de Michael Cunningham e
"Mrs. Dalloway" de Virginia Woolf


a Maria, o Luís e a Ilda leram de Luísa Ducla Soares
Sim ou não?

Sim, não,
 sim, não...
Ou fico com fome
ou como feijão.

Sim, não,
 sim, não. ..
Ou visto pijama
ou ponho calção.

Sim, não,
sim, não...
Ou subo ao pinheiro
ou brinco no chão.

Sim, não,
sim, não...
Ou vou ao cinema
ou leio a lição.

Sim, não,
sim, não...
Ou sou um porquinho
ou uso sabão.

Sim, não,
sim, não...
O que hei-de fazer?
Mas que indecisão!

de "Poemas da Mentira e da Verdade"


a Alexandra e as Gabrielas leram um excerto de
"A inteligência da alma" de José María Doria


a Maria João leu "Teus filhos não são teus filhos" de Khalil Gibran


o Bruno leu um excerto de "As lições do Tonecas" de José de Oliveira Cosme


a Teresa leu de Cecília Meireles
Ou isto ou aquilo

Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.

Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo

de "Ou isto ou aquilo"


o Renato leu um excerto de "O Rei Lear" de William Shakespeare


a Teresa leu de Al-Mu'tamid
felizes aves
nunca se apartaram do bando,
não sentem a ausência da família,
nem passam a noite,
como eu, de coração inquieto
ao ranger da porta da cela
ou ao chiar do ferrolho.
tais sobressaltos não são apenas meus,
fazem parte da humana condição.
desejo vivamente só a morte.
outro, quem sabe, se sujeitaria
à vida com grilhetas, mas eu não!
Alá, proteja os cortiçóis
e também as suas crias
pois às minhas, desventuradamente,
abandonaram-nas água e sombra.

de "O meu coração é Árabe"
Organização e tradução de Adalberto Alves


a Ana, a Cristina e a Luísa leram de "Farsa de Inês Pereira" de Gil Vicente



a Gabriela trouxe-nos "Tratado de história das religiões" de Mircea Eliade

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